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quarta-feira, 31 de julho de 2013

O FRACASSO DE UM SONHO: ELEIÇÕES 2014


As manifestações populares que eclodiram em todo o país têm trazido grandes apreensões a políticos e seus asseclas. Ex-governantes que ressurgiam das sombras, feitos aves agourentas, se recolheram à sua insignificância, ao seu silencio obscuro, para, quem sabe, formatar novos tipos de ataques à democracia brasileira. Tal reação pode ser entendida, considerando, em especial, que após décadas de sucesso e domínio absoluto, o partido do governo se viu na situação de persona non grata em manifestações, antes urdidas e executadas pelos seus coronéis. As ruas foram tomadas sem a participação e incitamento de petistas e aliados, com a colaboração baderneira de partidos que se dizem de extrema esquerda. Pelo contrario, existia e existe um clima contrário à presença do Partido dos Trabalhadores, o que causa mais apreensão aos seus caciques.

No auge dos protestos, o ex-todo poderoso Lula, mentor intelectual da atual presidente do Brasil, se refugiou no distante e sofrido mundo africano, foi propagar a suas teorias de Fome Zero, mensalão dez, e retomar a sua condição de lobista de grandes empresas brasileiras multinacionais. Sem o grande líder, o petista se viu na rua da amargura, não consegui se imiscuir entre os participantes das grandes manifestações que foram as ruas em busca de um futuro melhor. Em busca do tempo perdido em uma década de ‘oba oba e tomaládácá’, quando explodir a maior e mais precisa forma de escravizar o eleitorado: o Programa Bolsa Família.

Sem força suficiente, o partido do governo tentou capitalizar os efeitos das reivindicações das multidões que se espalhavam de norte a sul do país, não deu certo. Estão contabilizando apenas os prejuízos que podem ser grotescos em um futuro bem próximo. A presidente Dilma Rousseff, antes com uma popularidade estupenda, perdeu 20 pontos, fazendo com que o PT, que se vangloriava de ter construído a sua história junto aos movimentos sociais, entrou em polvorosa, passou a conhecer o caos das suas próprias ações, alheias aos interesses do povo brasileiro. Seus lideres, transformados em subservientes capachos, não tiveram condições e argumentos para reagir. O caos está instalado. Antes, o que se apresentava como uma certeza absoluta, que era a vitória, hoje surge como uma grande certeza: a derrota em 2014 é quase certa. O partido, depois das várias estripulias, que culminaram com o mensalão, se vê como uma grande incerteza para o povo brasileiro nas próximas eleições.

Em sua última reunião, em Salvador/BA, para comemorar os seus dez anos de poder, o ex-presidente Lula, ao declarar que vai se empenhar ao máximo para reverter a situação caótica em que se encontra o partido, frente à queda da popularidade da presidente Dilma Rousseff, destacou que: “Tem petista que se mata pelo PT - e que está esperando de nós uma palavra para andar de cabeça erguida. Porque ele fica envergonhado quando ouve que o pessoal do PT participa de coisa de que não deveria participar”. Acrescentando, ainda, “Qual a diferença de nossos candidatos para os de outros partidos?” Não existe nenhuma diferença. Alias, existe uma grande diferença para aquilo que os jovens, representando todo o povo brasileiro, clamam em suas manifestações: respeito, decência, transparência, preocupação com o povo, eliminação de esmolas, eliminação do ‘voto de cabresto, e, afinal, democracia.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

domingo, 29 de abril de 2012

CULTURA, CARNAVAL E DESCASO (I)


Segundo o antropólogo britânico Eduarde Burnett Tylor,  cultura é “aquele todo complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e aptidões adquiridos pelo homem como membro da sociedade”. É, portanto, o conjunto de demonstrações artísticas, sociais, linguísticas e comportamentais de um povo, de uma sociedade ou de uma civilização. A música, teatro, rituais religiosos, língua falada e escrita, mitos, hábitos alimentares, danças, especialmente o carnaval, no caso do Brasil, arquitetura, invenções, pensamentos, formas de organização social, são manifestações que estão arraigadas no dia a dia de vários povos, das mais diferentes matizes. Não importa se é rico ou pobre. Aliás, as manifestações mais intensas e autênticas se originam das camadas mais pobres, menos aquinhoadas, e mais dependentes do Bolsa Família, famigerado programa caça votos, implementado pelo ParTido que se encontra no poder.

O Brasil é um país que possui uma cultura riquíssima. Vai desde as lendas, que pulula o imaginário popular, até o carnaval, o ópio do povo. Neste, o inebriante ritmo do samba e o gingado das mulatas, adornado pela malemolência dos passistas, transformam pesadelos em sonhos, tristeza em alegria. O samba é contagiante. As mulatas lindas e fagueiras inebriam o imaginário dos homens e transformam a fantasia em um belo espetáculo. Elas, de repente, ao som do samba, se despem de todo e qualquer pudor: rebolam, gingam, dançam, insinuam-se, e mostram toda a sua sensualidade.

O berço do samba e do carnaval – o Rio de Janeiro – apresenta o maior espetáculo da natureza, quando mescla lindas mulheres, cores, carros alegóricos e a indisfarçável genialidade dos carnavalescos. Em contraste, no Piauí, o Ministério Público, que tem como incumbência a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, lamentavelmente, vem, paulatinamente, se posicionando contra o desenvolvimento da cultura e dos costumes da população, em nome de uma falsa legalidade do uso dos recursos públicos. Existem outros ralos.

Ao proibir as manifestações carnavalescas, impedindo o poder público – Prefeitura e Estado – de patrocinar e/ou incentivar com a destinação de recursos para as escolas de samba e blocos carnavalescos, está de uma forma acintosa e incoerente se posicionando contra os interesses da população, especialmente a mais pobre, de ter o direito ao divertimento secular – o Carnaval. Agindo dessa forma, o Ministério Público não está protegendo o patrimônio público e social, nem o meio ambiente e tampouco os interesses difusos e coletivos. Deveria, sim, lutar para o extermínio da corrupção que grassa no país.

Aqui em Teresina, o carnaval foi praticamente abolido das manifestações populares, espera-se que os folguedos, também, não o sejam. No interior, algumas cidades, ainda, continuam a festejar mais e mais a festa de momo: Parnaíba, Esperantina, Barras, Floriano, Água Branca, dentre outras, permanecem dando à população o doce sabor da festa, do samba e do sorriso contagiante das sambistas e dos passistas.

Em Parnaíba, litoral piauiense, algumas escolas de samba continuam a desfilar na avenida, contagiando de alegria piauienses e turistas, tanto do Brasil como do Exterior. A Escola de Samba Nova Parnaíba, sob o comando do Sr Liberato, revolucionou o carnaval litorâneo. De uma forma simples, mas eficiente, este defensor da cultura e dos costumes tem lutado acirradamente para manter viva as tradições nordestinas, especialmente o carnaval, os folguedos juninos e o bumba-meu-boi. É uma luta gigantesca, mas as conquistas se apresentam bastante promissoras, mesmo com a ausência de recursos para arquitetar os grupos que dão alegria àquela região, trazendo divisas para o município e para o Estado. A premiação, com muito atraso, é dada de uma forma tímida, que, muitas das vezes não cobre os custos incorridos. Os outros grupos são mais aquinhoados, tendo em vista que são comandados por vereadores daquele município, acastelados no poder.

O Piauí merece ter um órgão que seja capaz de gerir este quinhão, esta cultura que brota de uma forma espontânea das massas, do povo. Os sambistas e brincantes, os defensores da cultura e dos costumes não podem ficar à mercê do humor daqueles que, originariamente, deveriam defender o povo. O povo quer circo e pão. O povo quer cultura, emprego e diversão.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

E agora, brazil!

A política externa brasileira, comandada pelos militantes do ParTido que se instalaram no Itamaraty, desperdiçou a grande chance que o país teve para exercer um papel importante como protagonista no cenário internacional, tanto no relacionamento com os países desenvolvidos como com os em desenvolvimento e/ou emergentes. A política utilizada procurou antes de tudo agradar às alas radicais do ParTido, autoproclamadas como de esquerda e radicalmente contra o poderio americano e o capitalismo que predomina em todo o mundo. Percebe-se uma visão canhestra dos mandatários da política externa brasileira e, como não poderia deixar de ser, do paladino máximo da nação. É possível até que o presidente tenha mantido estes ilustres diplomatas ocupados com uma política de ‘meia tigela’, exatamente para não darem pitacos na política interna. O Brasil sempre sonhou, juntamente com todos os brasileiros, em ser um grande protagonista no cenário internacional. Na atual conjuntura, mesmo após o débâcle da economia mundial em 2008, o país tinha tudo para tornar o sonho em realidade, no entanto, o governo consegui transformar uma quase vitória em uma derrota estrondosa. Os abraços com Chavez, Evo Morales, Rafael Correa, Cristina Kirchner, Mahmoud Ahmadinejad, Lugo e com os ditadores/canibais da África, para citar alguns, contribuíram de forma decisiva para esta realidade triste, que envergonha toda a nação brasileira.
Não restam duvidas de que o Brasil ganhou algum respeito em vista do desempenho da economia e da política monetária, especialmente depois da crise de 2008, graças aos fundamentos deixados por governos anteriores, mas, quando se trata da sua ascendência na geografia política, tanto na America do Sul como em outros continentes, o presidente trabalhou decisivamente para manter a imagem de um país ranheta e melindroso, magoado e ofendido, um verdadeiro cachorrinho do Terceiro Mundo que se alia com indivíduos nocivos à paz mundial. No episódio com o Irã, tanto no episódio relacionado com a fabricação de bomba atômica como no caso da prostituta, que foi condenada a apedrejamento, a diplomacia do país foi definitivamente para o brejo.
Percebe-se, sem grandes esforços, que o ‘ministério’ das Relações Exteriores tem sido utilizado, com grande frequência, para macular o nome do Brasil como um potencial líder das economias emergentes, dos chamados BRIC’s (Brasil, Rússia, Itália e China), por exemplo, além dos da América Latina. Com a finalidade de atender os ‘cumpanheros’, o presidente presta-se à infeliz incumbência de defender e exaltar os seus heróis esquerdistas, que nada mais são do que contumazes violadores dos direitos humanos, indivíduos que governa de forma arbitrária e com total desprezo pela democracia. Só em ser amigo de Chavez e Fidel Castro já é um passaporte da falta de respeito aos anseios da população brasileira. O Brasil e os brasileiros querem uma democracia digna e que respeite tudo e todos, mantendo distância de indivíduos nocivos à segurança da humanidade, preservando, também, por primordial, uma imprensa livre.
Em outubro o povo, pobre povo, irá novamente às urnas para eleger um novo presidente, além de governadores, deputados estaduais e federais e senadores, que são aqueles ilustres senhores e senhoras que na hora da cata aos votos se recordam de que o povo existe. Precisamos mudar esta situação. Infelizmente, não temos opção. Votar em quem? Uma certeza parece que está aflorando: o povo, mesmo aquele que é contemplado com a Bolsa Voto, ou melhor, com a Bolsa Família, uma esmola dada com fins eleitoreiros, não está satisfeito. As mentiras disseminadas pelos jornais e televisão, pouco a pouco estão vindo à tona, demonstrando o descaso para com o dinheiro e a coisa pública. O Programa de Aceleração do Crescimento - PAC da vida é um grande engodo. É um programa caça votos. Os escândalos são uma realidade
*Formado em economia pelo UNICEUB/DF
http://herbertcaland.blogspot.com

Eleições de Novo: Viva o Eleitor!

Êita píula, gente! Domingo, dia três de outubro, último capitulo da novela eleitoral, versão 2010, tendo como protagonista principal o Sr. Luiz Inácio Lula da Silva. Não restam duvidas de que ele foi um grande presidente. No entanto, não restam duvidas, também, de que ele foi um grande viajante que se esqueceu de ser presidente, deixando o país à mercê dos seus ‘cumpanheros’, que, comprovadamente, não sabem governar. No entanto, sabem fazer escândalos que colocam o país em uma situação não confortável perante a opinião nacional e internacional. Por que o presidente tem uma grande popularidade? Porque não governou, se preocupou apenas em buscar louros para massagear o seu ego, deixando de lutar por uma causa mais digna, que elevasse o Brasil à condição de potência mundial, econômica e política. Agora é a vez da sombra. Da ventríloqua, que, como o outro candidato, não apresentou nenhuma proposta.
O Sr. Lulla deixou, no entanto, que os ‘cumpanheros’ fizessem as mais perversas lambanças, tipo mensalão, aloprados, casa civil (interessante, o presidente Collor tinha a casa da Dinda), prejudicando sensivelmente o desempenho da economia e do desenvolvimento do país. O país não se desenvolveu, deixando que os fundamentos plantados em governos anteriores fossem aproveitados de uma forma aquém do esperado, prejudicando uma arrancada rumo à autossuficiência política e econômica.
Agora, todos estão novamente na praça. Todos ‘fotoxopeados’. Todos bonitos, joviais, sorriso largo, olhar cândido de quem se preocupa, de fato, com o futuro do povo. Proclamando-se sabedores e cônscios de todos os problemas do país, dos estados e dos municípios. Todos conhecedores da solução ideal para tirar definitivamente o Brasil e o Piauí da penúria, da miséria, da adversidade política, do obscurantismo, do Bolsa Família (o que?!), da pindaíba. São candidatos que não tem nenhum compromisso com o povo, com o eleitor, com o país, estado e município. O que lhes interessam é o poder. O glorioso e inebriante poder. O resto é, simplesmente, resto.
Nestas eleições surgiu um novo elemento: o familiar ou familiocracia. Quase todos os componentes principais do núcleo familiar são candidatos: pai, mãe, filho, genro, avô, avó, sobrinho, irmão, irmã, tia. Todos. É uma lástima. Todos, sem exceção, sem nenhuma condição de representar este povo sofrido e trabalhador. Uma nova constituição estancaria tais aberrações, extirparia do seio político indivíduos incompetentes, que fazem do poder econômico uma arma de persuasão e de coação para perpetuar-se no poder à custa da ignorância do povo. Povo que, com certeza, continuará ignorante para o bem de todos os que fazem a política brasileira.
As promessas continuam as mesmas: saúde, segurança, transporte, habitação e educação. O deslavado desrespeito está no fato de que ex-secretários e ex-comandantes das forças de segurança falam, agora, que os problemas inerentes às suas áreas serão solucionados. É uma vergonha. Um descaso. O país, o estado e o município nunca tiveram segurança, nunca usufruíram de segurança, de uma educação decente, de moradias dignas, de emprego, de saúde e de um sistema de transporte capaz de solucionar os problemas de locomoção tanto urbana como rural. Se esses ilustres candidatos sabem a solução dos problemas, qual o motivo determinante que os impediu de por em prática suas afirmações quando exerciam as atividades nas respectivas pastas, ou seja, secretarias? Pura mentira. Nenhum tem solução para coisa alguma. A única verdade é que o povo continuará esquecido a partir de 4.10.2010, para ser lembrado somente em 3.10.2012, data de um novo pleito. E a ciranda continuará. O Brasil depende de você eleitor.
O interesse dos políticos é tão grande, que o Sr. José Dirceu, sombra inconteste do governo Lula, e mentor intelectual de várias facetas da republica dos ‘cumpanheros’, afirmou que “A eleição de Dilma é mais importante do que a eleição de Lula, porque é a eleição do projeto político, do nosso acúmulo de 30 anos, porque a Dilma não se representa”. Pobre candidata. É somente a sombra do atual presidente e joguete dos mentores do partido que se encontra no poder. Infelizmente, somos obrigados a votar, mas não somos obrigados a votar em indivíduos descompromissados com o interesse do povo e do país. Somos obrigados a votar somente em indivíduos sérios, honestos e dignos, capazes de implementar medidas que alavanquem o desenvolvimento pleno do nosso país, e destituam esta camarilha que se apossou do poder desde décadas e décadas passadas. Uma reforma política honesta, sem regras pré-definidas para beneficiar os que estão no poder, discutidas com a sociedade em sua essência, se mostra como uma solução única para colocar o país nos eixos da decência e da moralidade ética e política.

*Graduado em Economia pelo UNICEU/DF
http://herbertcaland.blogspot.com

quarta-feira, 21 de abril de 2010

ELEIÇÕES DE 2010: SOU CANDIDATO

Senhoras e Senhores. Meus amigos e minhas amigas. Futuros eleitores. É com grande satisfação que aproveito este conceituado veiculo de comunicação para dar-lhes uma boa nova: sou candidato a um cargo eletivo no próximo pleito. Qual o cargo? Qual o partido? Não importa! Qualquer partido, qualquer cargo: vereador, deputado estadual, federal, senador, prefeito, governador, presidente da república. Qualquer coisa. Quero é usufruir das benesses do poder. Mamar nas tetas da viúva e tirar o máximo proveito. Empregar toda a família e os amigos de extrema confiança. Criarei secretarias para abrigar meus familiares e amigos. Nomearei todos os meus asseclas. Estabelecerei, também, o que é de suma importância, uma rede de proteção, uma rede de blindagem que impossibilitará qualquer tipo de manifestação contrária à minha ascensão política, a meus interesses pessoais, especialmente nos conselhos de ética, que serão compostos de pessoas do meu grupo de interesse, tendo como missão principal e única arquivar todo e qualquer tipo de manifestação de políticos que não pertençam à minha área de influencia. Se vou prometer alguma coisa para a grande massa de eleitores? Para os pobres? Lógico. Prometerei habitação, saúde, educação, emprego e renda, lazer, transportes de primeira qualidade, esporte, restaurantes populares, aumento dos benefícios do Programa Bolsa Família, o grande sustentáculos dos políticos espertos, e tudo o mais que qualquer político promete e, como é normal: nada será cumprido. Os pobres continuarão nos seus lugares insignificantes. Eles só servem para eleger políticos que não têm nenhum compromisso com o desenvolvimento ou com a solução dos vários problemas que aflige a população brasileira, como: fome, miséria, falta de educação, falta de emprego, insegurança, sistema de saúde precário. Digo-lhes, com a pura verdade d’alma: não estou interessado em resolver problema de saneamento, devastação do meio ambiente, queimadas, desmoronamento de barragens, enchentes. São problemas que não fazem parte do meu interesse político. Eu quero é me locupletar, instituir mensalão, mentir que participei de reuniões particulares espúrias, que dei bolsas de estudos para meus familiares, para meus amigos e amigos dos meus amigos. Terei a preocupação de não deixar nenhum vestígio, nenhuma prova contra a minha pessoa. Participarei ativamente dessas teias de intrigas que os políticos engendram para nunca ter tempo para trabalhar e permanecer no poder eternamente.
Seguirei a mesma linha de todos. Viajarei sempre de jatinhos custeados pelos cofres públicos. Aceitarei financiamentos da iniciativa privada. Viajarei amiúde para o interior do estado, para trabalhar as bases eleitorais. Viajarei de férias para o exterior, sempre às custas das tetas da viúva. Participarei de batizados, casamentos, velórios, feiras agropecuárias, inauguração de obras inacabadas. Inaugurarei obras inexistentes. Colocarei placas anunciando feitos não realizados. Tudo será planejado de forma impecável. E, o que é importante: estarei sempre na mídia. Comissão Parlamentar de Inquérito? Com certeza, se instalada, terminará em pizza. Ninguém quer se comprometer. Ah! Ia esquecendo: usarei jaquetões com bolsos em todos os locais e de fácil acesso. Será a grande moda. Não quero ser pego desprevenido. Jamais na história deste país haverá um político igual. Votem! A corrupção é marolinha.

quinta-feira, 31 de julho de 2008

PIAUÍ, TERRA QUERIDA!

O apego à propaganda enganosa faz desse momento em que vivemos um ponto negativo, com fortes conseqüências em um futuro bastante próximo. Os governantes de plantão, com sua trupe de asseclas, propagam aos quatro cantos a realização de grandes obras que possibilitam um desempenho, diga-se de passagem, enganoso dos indicadores da economia brasileira. O Produto Interno Bruto do Estado-PIB, que é o somatório de todas as riquezas produzidas é medíocre. O PIB não traduz a realidade do desenvolvimento de um Estado, de um País, tendo em vista que toma números brutos, não se preocupando com a qualidade de vida que a população se encontra, tendo em vista que são indicadores quantitativos e não qualitativos. Prova de tal fato é a situação calamitosa do Produto Interno Bruto Per Capita, ou seja, o PIB dividido pela população do Estado, que, de acordo com o IBGE, amarga a última posição dentro da federação brasileira. Em vista do desempenho medíocre da economia piauiense, algumas perguntas vêm à tona: Qual o motivo, senhor governador, para tal fracasso? O que os ‘representantes do povo’- vereadores, deputados estaduais, federais e senadores - fazem? Será que é só política? Será que é só gastar o dinheiro público, oriundo do trabalho árduo dos assalariados. Quais os projetos que os senhores apresentaram ou pretendem apresentar para tirar o Estado do Piauí deste cadafalso, desta miséria, deste abandono eterno, das chacotas deploráveis que perduram anos após anos? O que os senhores fazem? Será que é somente guerra política que coloca em risco até a saúde do povo?
De nada adiante a reconhecida capacidade de arrecadação, elogios da comunidade financeira internacional e o grau de investimento obtido pelo país, se os indicadores sociais pouco ou nada se deslocam em termos positivos. A miséria que se abate sobre o povo são em conseqüências das diferenças sociais patrocinadas pelos políticos, que se eternizam a sugar os parcos recursos da união e do estado, sem apresentar algo de proveitoso e de útil para o desenvolvimento sustentável e pleno da gente brasileira. Apesar dos ventos favoráveis da economia mundial, praticamente o Brasil e, por conseqüência, o estado do Piauí, não cresceu, nem vislumbra nenhuma possibilidade, enquanto países que possuem condições inferiores deslancham, economicamente e socialmente, crescendo a taxas de 8, 9 e 10% ao ano.
Excesso de burocracia, furor arrecadatório, corrupção abundante, gestão incompetente de prioridades podem explicar indicadores sociais tão desfavoráveis. O apego desmedido ao poder, a obsessão pelos projetos pessoais que promovem os governos, mas não o Estado, tem feito com que, pelo menos no Brasil, o maior desafio seja de natureza gerencial. O país padece de incompetência gerencial generalizada que não consegue fazer dos processos e dos resultados elos construtores e mantenedores de valores públicos positivos, de ganhos sociais. Os políticos continuam com o miserável costume de não cumprir com seus deveres e obrigações inerentes a seus cargos e funções.

domingo, 20 de julho de 2008

SERRA VERMELHA

O modelo de desenvolvimento econômico implantado pelas democracias capitalistas, baseado na exploração dos recursos naturais e alheia ao bem-estar da população e à preservação ambiental, vem sinalizando para graves desequilíbrios no meio ambiente e para a deterioração da qualidade de vida das pessoas. A polêmica envolvendo a preservação ambiental, de um lado, e progresso econômico, de outro, abre campo para o questionamento quanto à incorporação da questão ambiental na elaboração das estratégias de desenvolvimento dos governos, em suas três esferas. Os governos não podem continuar beneficiando empresas que têm como meta a destruição das riquezas naturais, especialmente, as florestas nativas, para alcançar o seu intento único: que é o lucro e o beneficio próprio, sem a preocupação da preservação e do respeito ao meio ambiente e às comunidades residentes nos locais naturais. O caso piauiense, relacionado com a intenção da empresa J. B. Carbon S.A. (CNPJ nº 00.227.279/0001-40), e suas associadas - Agroindústria São João Ltda. (CNPJ nº 05.954.353/0001-44) e J. B. Equipamentos Agrícolas Ltda. (CNPJ nº 05.954.333/0001-73), em destruir as matas da floresta nativa denominada Serra Vermelha, noticiada de forma destacada em toda a imprensa nacional e internacional, com a desculpa da prática de manejo florestal, merece um estudo mais aprofundado para se detectar as reais ações benéficas que tal exploração venha trazer para o Estado do Piauí e, em última análise, para a população daquela região, mormente sob o pretexto de geração de emprego e renda. É importante salientar que o manejo florestal é um conjunto de técnicas empregadas para colher cuidadosamente parte das árvores grandes, de tal maneira que as menores, a serem colhidas futuramente, sejam protegidas. No caso de Serra Vermelha, especialmente, como que foi mostrado pela televisão brasileira: dezenas de fornos queimando a madeira, retirada de forma indiscriminada, demonstram que a intenção da empresa exploradora é a obtenção de lucro sem se preocupar com a floresta que está sendo destruída. Considerando a necessidade de preservação ambiental, motivada, especialmente, pelo agravamento do efeito estufa, verifica-se que as condições atuais são desfavoráveis para o manejo florestal, mesmo o comunitário que é mais sensível a fatores externos. Além disso, o acompanhamento destes projetos comunitários e as discussões em diferentes fóruns se apresentam como premente, tendo em vista que se permitirá o estabelecimento de mecanismos de regularização fundiária; fortalecimento da organização social local; acesso ao crédito; assistência técnica florestal que contemple o manejo florestal e a necessidade de mecanismos de acesso ao mercado.
Um ponto que não deve ser esquecido se refere ao fato de que as empresas associadas que se dispõem a destruir a Serra Vermelha para produzir carvão, para ser utilizado em indústrias de outros Estados, trazendo pouco benefício para o Estado do Piauí, e que pertencem ao mesmo grupo familiar: a J.B. Carbon S.A., J.B. Equipamentos Ltda. e a Agroindústria São João Ltda., são de propriedade do Sr. João Batista Fernandes. E, o que é mais grave: as referidas empresas têm como objetivo a produção de carvão vegetal em florestas nativas; o comércio atacadista de máquinas, aparelhos e equipamentos para uso agropecuário, partes e peças; e, o cultivo de soja. Ou seja, as intenções do grupo empresarial são bastantes claras: além da exploração para a produção de carvão, vislumbra-se a intenção de plantar soja, tendo em vista que já existe outro segmento que se responsabilizaria para o fornecimento das máquinas e equipamentos necessários e suficientes para a exploração total da área da Serra Vermelha.
O governo piauiense, juntamente com os ineptos órgãos responsáveis pela fiscalização e normatização de tudo que diz respeito à preservação das nossas fauna e flora, para agravar mais a situação, fez expedir o Decreto nº 12.409, de 31.10.2006, que concede incentivo fiscal à empresa J.B. Carbon e suas associadas, para a produção de carvão e beneficiamento de mel e cera de abelha, dispensando-as do recolhimento do imposto sobre circulação de mercadorias e serviços - ICMS, sendo cem por cento nos primeiros nove anos e setenta por cento nos três últimos. Tal dispensa está relacionada com a produção/saída dos produtos referentes ao carvão, mel e cera; à importação de máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos industriais, suas partes e acessórios empregados na fabricação dos produtos; e a utilização de transporte vinculado à operação fim da empresa, de conformidade com Decreto. O referido incentivo, em última análise, se configura como um crime ambiental, sujeitando o seu autor, no caso o governo do estado, às penas insitas na lei que trata dos crimes ambientais - Lei nº 9.605, de 12.02.1998, como bem assevera o seu art. 2º: Quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos crimes previstos nesta Lei, incide nas penas a estes cominadas, na medida da sua culpabilidade, bem como o diretor, o administrador, o membro de conselho e de órgão técnico, o auditor, o gerente, o preposto ou mandatário de pessoa jurídica, que, sabendo da conduta criminosa de outrem, deixar de impedir a sua prática, quando podia agir para evitá-la. A intenção de destruir a Serra Vermelha para a extração de carvão, mel e cera, como está implícito, não passa de uma ação criminosa, considerando que um dos objetivos das empresas do grupo é o plantio de soja.
Vereadores, Deputados - estaduais e federais -, senadores, especialmente os piauienses, a sociedade civil, o governo do Estado e a população direta ou indiretamente afetada devem, com a máxima urgência, tomar uma posição contra esta agressão criminosa ao meio ambiente. O ato criminoso que concedeu incentivo para este tipo de atividade deve ser revogado e os seus responsáveis penalizados de conformidade com o que determina os arts. 2º, já citado, e o 3º da lei de crimes ambientais, que proclama: As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente, conforme o disposto nesta Lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade. Ambientalistas do mundo inteiro têm orientado no sentido de se buscar a "neutralização” do gás carbônico (CO2) da atmosfera, com a plantação de árvores, considerando o poder que possuem de absorver tal gás e, conseqüentemente, diminuir o efeito estufa, que provoca o aquecimento do planeta, de conseqüências catastróficas. O Governo do Piauí luta contra a corrente. Contra a Natureza. Os procedimentos da J.B. Carbon, aliado aos incentivos fiscais concedidos pelo Governo do Piauí, para a destruição da vegetação da Serra Vermelha contrariam os esforços empreendidos por ambientalistas e governos de alguns países que se preocupam com a preservação da natureza, com a preservação da vida. Ainda é tempo de se reverter este quadro maléfico desenhado pelo Governo e pela J. B. Carbon S.A., basta que os autênticos representantes do povo cumpram o seu papel e ponham um basta a esta situação calamitosa.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Apresentação do Blog

Teresina tem uma característica bastante importante: é um município e ao mesmo tempo é a capital do Estado do Piauí, sendo, também, a única da região que não se localiza no litoral. Tem aproximadamente 779.939 habitantes. Está diretamente ligada à cidade de Timon (conurbação), município maranhense, sendo separadas pelo Rio Parnaíba, o maior rio genuinamente nordestino, e juntas formam uma população de cerca de um milhão e quarenta mil habitantes,

Através do Decreto Federal nº 4.367, de 09.09.2002, foi criada a Região Integrada de Desenvolvimento da Grande Teresina – RIDE, composta pelos municípios de Altos, Beneditinos, Coivaras, Curralinhos, Demerval Lobão, José de Freitas, Lagoa Alegre, Lagoa do Piauí, Miguel Leão, Teresina, União e o Município de Timon, pertencente ao Estado do Maranhão, com uma área de aproximadamente 10.527 km², com uma população estimada em um milhão e 100 mil habitantes, de conformidade com o censo de 2007, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, que corresponde a 37% de toda a população do Estado do Piauí.

A criação da RIDE teve como finalidade principal a junção de esforços no sentido de um desenvolvimento integrado de toda a região, no aspecto de infra-estrutura, geração de emprego e renda, capacitação profissional, saneamento básico, como abastecimento d’água, coleta e tratamento de esgoto e serviço de limpeza pública, uso adequado do solo. A RIDE será coordenada por um Conselho da Rede de Desenvolvimento, que será composta por prefeitos da região, escolhidos pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba – CODEVASF, por representantes dos governos estaduais, que serão responsáveis pela escolha dos mesmos e por membros do Ministério da Integração e da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba.

Teresina é considerada uma região onde mais acontecem sequências de descargas elétricas no mundo, e, em consequência recebe a carinhosa denominação de Chapada do Corisco. É um importante pólo de medicina, recebe pacientes de vários estados do Brasil, especialmente do Nordeste brasileiro. É, também, a primeira cidade planejada do Brasil.

O aumento populacional da cidade de Teresina ocorreu principalmente a partir da década de 50, que se caracteriza pela construção das grandes rodovias no Estado do Piauí. A atual população da Capital do Estado do Piauí, de aproximadamente oitocentos mil habitantes decorre da centralização dos serviços do Estado na Capital, acarretando a multiplicação das vilas e favelas, tendo a maior invasão da América Latina: a Vila Irmã Dulce.

O bairro Dirceu Arcoverde, localizado na região sudeste, se caracteriza com o maior da Capital, com uma população da ordem de 200 mil habitantes, sendo, infelizmente, considerado um dos mais perigoso, juntamente com a Vila Irmã Dulce.

Teresina é banhada pelos Parnaíba e Poti, que se encontram no Parque Ambiental do Encontro das Águas, localizado na zona norte da cidade.

Em homenagem a Teresina e ao seu povo é que demos o titulo do blog de “Chapada do Corisco”. Que pretende ser forte como as descargas elétricas (relâmpagos) e seus trovões ensurdecedores, que acontecem no período chuvoso. Pretendemos trazer para este ambiente de comunicação as mais variadas opiniões, independentemente de partidarismos ou preferências políticas, religiosas, sexuais e étnicas. Pretendemos falar do seu povo e das suas lendas, suas histórias, seus artistas, poetas, artesãos e gente simples e do povo. É um espaço que imaginamos livre: todos serão chamados e aceitos para discutir os mais variados assuntos. Além do mais, estamos abertos a qualquer tipo de sugestões.